No passado fim-de-semana, numa ida ao cinema com os "papás" tive oportunidade de ver este filme.
Devo confessar que não sou, ao contrário da maior parte do mulherio, fã do Leo Dicaprio. Mesmo a Kate Winslet não é das minhas actrizes favoritas. No entanto, ambos desempenham um papel muito bom no filme, e o globo de ouro entrega à actriz é perfeitamente justificado.
Confesso também que um dos motivos que me levou a ver o filme se prende com a curiosidade em rever estes dois actores a contracenar, desde o "Titanic".
Ainda assim, e visto que fui sem quaisquer expectativas para este filme, tratou-se de uma agradável surpresa.
Este é um argumento bastante real. Quem fôr à espera de um filme todo "cor-de-rosa" desengane-se. Tudo ali tem um toque de realidade que, pessoalmente, me agradou bastante. Todos os diálogos são directos, sem fantasias, sem poesias, sem rodeios.
Mas, deixando-me de pormenores técnicos, este filme deixou-me a pensar em algo de muito próximo à minha realidade.
Com 20 aninhos vejo-me a pensar no que quero fazer, no que gostava que fosse a minha vida no futuro, em como quero fugir aos estereótipos e como quero ser eu a comandar a minha vida, sem me deixar guiar pelos padrões da sociedade. Quero, como sempre quiz, marcar a diferença, pela positiva, de preferência. Não quero cometer os mesmos erros que outros, antes de mim, cometeram. Se cometer erros, e visto que sou humana erros estão no meu caminho de certo, quero cometer os meus próprios erros.
No entanto, este filme, demonstra-nos como num segundo tudo aquilo que criticamos e de que nos tentamos afastar acaba por nos apanhar, nos prender. Os personagens não conseguem fugir à realidade que não queriam para as suas vidas.
Mesmo quando lhes é dada uma nova oportunidade para voltar ao seu sonho, estes têm medo ou são demasiado loucos se querem tentá-lo.
Isso deixa-me a pensar...
Seremos demasiado loucos se lutarmos pelos nossos sonhos, por muito diferentes que eles sejam?
Serei eu demasiado louca se lutar pelo meu sonho, por muito diferente que ele seja?
Buh*
